sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Diversos - Pirlimpimpim 2 (1984)

Este é certamente um disco especial na carreira musical de Leminski. É um, como poucos, que contém uma grande quantidade de músicas suas. Mais precisamente, das dez faixas do Lp oito são parcerias dele com Guilherme Arantes. O Lp é a trilha sonora de um musical feito pela Rede Globo, Pirlimpimpim 2, e, por isso, deu uma visibilidade ainda maior ao "poeta da província". A parceria com Guilherme Arantes, no entanto, como aponta seu próprio parceiro, não foi adiante. Alegou-se "falta de química" entre os dois.
O que chama a atenção é o tom contestar, filosófico e edificante das letras. Talvez até meio "pesado" (mas muito legal), se pensarmos que se trata de um disco dirigido ao público infantil. É o caso próprio de Xixi nas estrelas, a mais difundida de todas as canções. Um alerta para o perigo do homem no espaço. Ele, que já envenena a terra, com suas "armas e suas asneiras", poderá fazer da mesma maneira com espaço, que começa desbravar. Por sorte, há um defensor dos céus, que, no clipe oficial, é representado pela figura de São Jorge. O tom contestador também aparece em O Prazer do Poder: "- deixa eu ser como eu sou, independente, que prazer tem você vendendo a gente? - O prazer do poder, criança não tem que querer."
A trilha, feita através de ligações telefônicas, em que Leminski ditava as letras e Guilherme tocava as músicas, apresenta uma bela amostra da inventividade de Leminski enquanto letrista.

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Leminski assistindo ao clipe de Xixi nas Estrelas:

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Bocato - Ladrão de Trombone (1990)

Seguindo o desejo de encontrar tudo que possa ter relação entre Leminski e a música, surgiu este post. Do tio Lema mesmo, aqui, não tem nada, assim, pragmaticamente falando. Temos, de fato, o espírito zen do poeta, presente na última faixa (Arigato Leminski) desde disco do trombonista (y otras cositas más) Bocato.
Olha, o disco é muito bom, pra quem gosta de viagens psicodélicas e música instrumental. Não bastasse isso, ainda há tempo para críticas sociais. Viagem consciente. É o caso da faixa-texto Brasil Confusion, que explica a motivação da revolta dissonante da faixa consequente. Aliás, o título Ladrão de Trombone é provavelmente uma lembrança daquele filme Ladrões de Bicicleta. O filme, assim como o disco, lembra da dificuldade de não ter nada, de ganhar a vida com oportunidades escassas. Mas, como vocês poderão ouvir, tudo acaba numa boa ou, pelo menos, menos insano, com a música que homenageia Leminski, uma espécie de poslúdio. Ânimos serenados de sabedoria oriental.

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domingo, 11 de agosto de 2013

Curitiba. Cidade da gente. - Marinho Gallera e Paulo Vítola (1983)

Bom, como eu havia prometido, venho agora postar o disco Curitiba. Cidade da gente., que tem aquele super dicionário sobre a cidade, elaborado por Leminski, ABCuritiba. Ouvindo todo o disco novamente, ocorreu-me que, no fundo, o tal dicionário não deixa de ser senão um glossário desse Lp. Um guia. Útil aos curitibanos mais jovens, que não podem se recordar de personagens e fatos famosos da capital do paraná, porém antigos. Útil ainda aos não curitibanos, o glossário, obviamente, vai explicar mais. Rua das Flores? Ilha do Mel? Isso qualquer curitiboquinha sabe, mas nem todo mundo "de fora". O ABCuritiba, aliás, com a ordem alfabética dos verbetes totalmente fora de ordem, segue, na verdade, a ordem dos textos das canções desse disco, como se os verbetes fossem, na verdade, notas explicativas.
Sobre o disco:
Bom, muito bom. Produção de primeira, excelente projeto gráfico, melodias e arranjos super bacanas. Mas algumas coisas me irritam. Acho nauseante uma certa reverência cega a cidade. Como se Curitiba fosse o melhor lugar do mundo. Puxa-saquismo total. Veja-se a própria faixa Cidade da Gente. Pra mim, faltou um pouco de crítica mesmo, direta, em demonstração de amor. O Paulo Cesar Botas, cantor em algumas faixas, às vezes pisa feio na bola, mas isso é detalhe.
Boas (gosto pessoal!): Era uma vez, Choro de Rua, Mate Socado (mais um chamamé do Gallera, especialista), Ó de casa.
A canção Mocinhas da cidade, aqui resgatada, foi famosa em idos tempos, cantada nas vozes de Nho Belarmino e Nha Gabriela, que, por sua vez, participam desse "remake". Leminski também empresta sua voz a canção, participando do coro.

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sábado, 3 de agosto de 2013

ABCuritiba

Olá! Encerrados, agora, meus compromissos acadêmicos maiores, espero, daqui por diante, dar continuidade aos trabalhos do nosso blog. E, para estrear a minha volta, trago um texto pouco conhecido de Leminski. Trata-se do ABCuritiba. Escrito em forma de dicionário, faz parte do extenso encarte do disco Curitiba. Cidade da gente, de Marinho Gallera e Paulo Vítola. Bom, pelo título do disco, acho já deu pra sacar o que o tal "dicionário" se propõe abarcar: Curitiba, a única capital do país que vê neve, uma vez que outra. No dicionário figuram, meio en passant, personagens, datas, lugares. Por isso não se espantem com a confusa ordem alfabética dos verbetes, está assim mesmo no original.
Entre uma entrada e outra há alguns textos de jornais antigos, que nos dão uma visão mais íntima das Curitibas de outrora. Esses excertos não foram digitalizados, mas vocês podem lê-los através das imagens. ABCuritiba também foi reproduzido no livro Chucrute e Abacaxi com Vinavuste, de Paulo Vítola.
Há, no abc, algumas entradas inusitadas, como CDF, pois não fica muito clara a relação com Curitiba. Será que tem muito CDF em Curitiba? O termo foi criado na capital paranaense?
Texto-homenagem de Leminski a sua cidade natal, está sempre salpicado com uma sacada aqui (“o maior palhaço que essa cidade já riu”), um trocadilho ali, muitos golpes do “samurai malandro”. A linguagem, por vezes rebuscada (“enlevo e arrebatamento”), simula um certo estilo antigo e provincial do linguajar, mas sem deixar o texto pesado, muito pelo contrário, deixa-o ainda mais divertido e irônico (e crítico!). Em breve eu posto o disco Cidade da gente aqui, em que Leminski faz uma ponta de cantor.

ABCuritiba.
Paulo Leminski

Curitiba - A capital do Paraná deve seu nome tupi ao muito (tiba) pinhão (cury) que abundava em toda região, até um passado bem recente. Principal fonte de amino-ácidos dos indígenas da terra, o pinhão era consumido nas mais diversas formas: cru, cozido, mas principalmente reduzido a farinha. Os índios recolhiam o pinhão, na estação, acondicionavam-no em grandes cestos de taquara, que eram imergidos em algum curso d'água. O pinhão ficava lá até virar papa, quando era recolhido para extração da polpa e secagem.
A farinha de pinhão durava o ano todo.
O pinhão desempenhou, para os índios de Curitiba e do Paraná, o mesmo papel que o trigo na Europa, a mandioca entre outros índios brasileiros, o arroz no Extremo Oriente e o milho entre os povos aborígenes da América do Norte e Central. O nome “cury” é guarani, não exatamente tupi, só sendo conhecido pelos índios do extremo sul, que, também o chamavam, apenas, de “ibá” = “fruta”, a fruta por excelência.

Mil Seiscentos e Noventa e Três – Em 1668, o rei e a lei chegam a Curitiba, sob a forma de pelourinho, o tronco de pedra com o brasão de Portugal, onde escravos e criminosos eram açoitados, à vista do público, para não haver dúvidas sobre quem mandava.
Em 29 de março de 1693, foi fundada, oficialmente, a Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais de Curitiba.

BR-116 – Rodovia que liga Curitiba a São Paulo e Porto Alegre; é do outro lado desta estrada que fica o bairro do Atuba, onde se estabeleceu o primeiro núcleo de povoadores dos Campos, da Vilinha ou Vila Velha, ponto extremo do Caminho Itupava.

Caminho Itupava – Um dos três caminhos que os portugueses abriram entre o litoral e o planalto, passando pela Serra do Mar; os outros dois são o da Graciosa e o do Arraial; o Caminho Itupava foi o mais utilizado pelos exploradores e viajantes dos primeiros tempos da história de Curitiba; serviu de roteiro para a construção da Estrada de Ferro que liga Curitiba a Paranaguá.

Batalha do Pente – Assim foi chamado um distúrbio popular, de homéricas proporções, ocorrido na Curitiba do início dos anos 60. Ao contrário do que se poderia pensar, não foi um confronto entre barbeiros e cabeleireiros. Foi uma depredação das pequenas lojas sírio-libanesas da Praça Tiradentes, que, aí, mantêm tradicional comércio barateiro de generalidades, por uma multidão enfurecida de passantes e fregueses. O estopim da efeméride parece que foi a queixa do comprador de um pente numa das lojinhas, que achou excessivamente caro o preço do insignificante objeto. Da queixa à altercação e desta para as vias de fato, foi um pulo. Junta gente para assistir à memorável pugna entre o freguês e o dono do estabelecimento. A imprevisível lógica das massas fez o resto. O povaréu se solidariza com o freguês. E começa o quebra-quebra. Que logo se generaliza, em toda a praça. Foi preciso muito cassetete para serenar os ânimos.

Jaime Monteiro – Fiscal aposentado do Imposto de Renda, grande praça e emérito jogador de bilhar dos anos 30/50. Enquanto ele coloca suas bolas 7 na caçapa, Dona Célia, sua esposa, qual moderna Penélope, o espera, ansiosa mas pacientemente, no bucólico portão próximo à Pracinha do Batel.

Adir de Lima – Professor de desenho e grande ás do ciclismo curitibano dos anos 50, quando a emoção corria sobre duas rodas, nas ruas de um Curitiba com poucos carros e muitos espaço para pedalar. Na época, a Praça Tiradentes era o lugar de chegada das corridas ciclísticas.

Baronesa – Um dos pioneiros do movimento gay em Curitiba, título que a Baronesa compartilha como o lendário Oswaldinho, indiscutível rainha da praça Osório.

Barigui – Um dos rios que banhavam Curitiba. Muito ouro de aluvião deve ter sido recolhido nas areias do Barigui, no ciclo do ouro. Nos anos 50, a garotada ia buscar no Barigui outras riquezas: um mergulho na água fresca, um passarinho aqui, um cabo de cetra ali, uma varinha pra raia, todas aquelas coisas que faziam um menino ser menino, nas águas mansas daqueles tempos.

Tropeiros – Os grandes condutores de tropas de muares e equinos que iam buscar os animais no Rio Grande para trazê-los até a feira de Sorocaba, em São Paulo, com destino às Minas Gerais, não eram obscuros boiadeiros. Constituíam verdadeira aristocracia a cavalo em trânsito, chefes das mais distintas e poderosas famílias de Curitiba, senhores, aqui, de vastas pastagens, onde o gado engordava, nas invernadas, antes de seguir para o norte. Alguns ganharam títulos de nobreza do Império:
“Dos seis titulares paranaenses do segundo reinado, quatro eram tropeiros: o visconde de Guarapuava, a viscondessa de Tibagi (mulher do Barão de Tibagi, que era tropeiro), o Barão de Guaraúna e o Barão de Montecarmelo. Os dois restantes, o Barão do Cerro Azul e o Visconde de Nácar eram do mate.” (Davi Carneiro)

Riachuelo – À época da Curitiba do tropeirismo, um dos limites da vila, que eram os seguintes: Rua Riachuelo, Fazenda do Barigui, Rua Tibagi, imediações da atual Ponte Preta, Fazenda do Cajuru, Campo da Bulha, Tindicoera, Fazenda do Uberaba, Botiatuva, Juvevê.

Portão – Um dos principais bairros de Curitiba deve seu nome a uma porteira para a entrada do gado nos campos de engorda que, então, verdejavam naquelas bandas.
Logo ali, a venda do velho Romão regurgitava de todas as coisas úteis e agradáveis na vida de um tropeiro. A começar, claro, por uma nutrida talagada de cachaça, que é pra tira (sic) o pó da estrada, soltar a língua e botar a valentia pra fora.

Choro de Rua – Visão de Curitiba de 1853, ano da emancipação política do Paraná; a seguir, o nome das ruas, praças, travessas, bicas e becos da Curitiba de então, ao lados das denominações atuais dos mesmos lugares:

Bica do Campo – Praça 19 de Dezembro
Rua do Comércio – Marchal Deodoro
Rua da Entrada – Emiliano Perneta
Rua da Carioca – Emiliano Perneta
Rua da Ladeira – Dr. Murici
Rua das Flores – 15 de Novembro, Rua das Flores
Rua Nova do Saldanha – Carlos Cavalcante
Rua do Fogo – São Francisco
Rua da Cadeia – Praça Municipal
Rua Alegre – Cândido Leão
Rua do Louro – Barão do Serro Azul
Rua Fechada – José Bonifácio
Rua do Rosário – Rua do Rosário
Travessa da Ordem – Galeria Júlio Moreira
Travessa da Casinha – Saldanha Marinho
Beco do Inferno – Beco do Marumbi
Pátio da Matriz – Praça Tiradentes
Largo da Ponte – Praça Zacarias

Monte - “À noite vagavam pelo Pátio da Matriz, em plena treva, as cabras, bois e cavalos – costume esse que só foi derrogado em 1875, na administração do Dr. Lamenha Lins, e isto por ter este distinto Presidente, ao atravessar o lardo da igreja, caído em grave risco por cima de uma vaca, que se achava, com muito conforto, mas pouca reverência, deitada no caminho.” (Rodrigo Júnior)

Engenho Velho – Gente dos anos 60 ainda pegou, em seus mais verdes anos, velhos engenhos abandonados, sobreviventes dos tempo em que o mate fazia a riqueza da terra. As sérias fábricas de outrora tinham se transformado em parque de brincadeiras da criançada, cheias de esconderijos bons pra brincar de esconde-esconde, nos 31 segundos do 31. Malassombrados, esses lugares. Testemunho fidedignos falavam do homem verde, que vagava por ali, verde como eram verdes os trabalhadores da erva-mate, vestidos de roupa verde e cobertos da verde poeira que se despendia da moenda e pairava no local.
Um dia, o Nacib, proprietário do terreno de umas dessas ruínas, contou para a garotada que brincava lá, que tinha visto, passeando no lugar, uma mulher toda de branco, que branco é a cor preferida de visagens e assombrações.
A garotada acreditou. Mas continuou brincando de 31.

Serraria – Depois do mate, a madeira. E haja floresta para tanta serraria. Peroba. Bracatinga. Imbúia (sic). Araribá. Caviúna. Catiguá. Copaíba. E as árvores viraram pau para toda obra, casas, móveis, objetos de uso. Não é por acaso que o símbolo do Paraná é o pinheiro, nome de árvore, nome de madeira.

Casa Costa Pereira – Ver Casa Costa Pacheco.

Casa Costa Pacheco – Ver Casa Costa Pereira. Nome de duas firmas comerciais do início do século XX, cujos vendedores ambulante iam, de porta em porta, oferecendo, a toda Curitiba, as últimas novidades do mercado, malas cheias de tecidos, bijuterias, quinquilharias, perfumes e todas as outras coisas indispensáveis a uma vida civilizada.

Ilha do Mel – O filé mignon das ilhas do litoral paranaense.

Grêmio Buquê – Associação da Curitiba de antanho, que congregava senhoras e senhoritas da nossa melhor sociedade, em volta de saraus, chás beneficentes e outras diversões inofensivas. Rival do Grêmio das Violetas.

PRB2 – Bastou nascer no Rio de Janeiro a Roquete Pinto, a primeira estação de rádio do Brasil, para Curitiba imitar. E assim nasceu a nossa PRB2, a segunda do país em data.

Garcez – O primeiro grande edifício de Curitiba. Durante anos, seu ponto mais alto.

Mercês – Bairro de Curitiba, a oeste, onde toca o sino da Igreja dos Capuchinhos e o sol de põe.

Matinhos – Um dos primeiros balneários do litoras paranaense.

Rua XV – Nome de gala que a tradicional Rua das Flores enverga em ocasiões civico-festivas.

Tindobre Panhe - “Bom dia, senhor”, em polonês. Inúmeras expressões das várias etnias que compõem o Paraná são, em Curitiba, de domínio público. Qualquer curitibano sabe que “arigatô” é “obrigado” em japonês.

South – Empresa de energia elétrica da Curitiba de outrora, concessionária do serviço de transporte por bondes elétricos.

Universidade – Curitiba teve a primeira Universidade do Brasil, em data: 1912.

Ahu – Célebre cassino de Curitiba, onde fortunas se fizeram e se desfizeram da noite para o dia.

CDF – Sigla indicando que o designado tem uma parte muito sensível do corpo constituída de ferro. Qualifica estudantes ou profissionais muito aferrados aos seus deveres.

Raia Bidê – Com o nome de raia, pipa ou pandorga, dependendo da região, o mais aéreo dos brinquedos infantis é sempre um desejo de ir com o vento, nesta Curitiba de tantos ventos e tantas raias bidê aos quatro ventos.

Genésio – “Band-leader” de uma das mais dançadas orquestras de Curitiba, responsável por inúmeras tardes dançantes, noites românticas, inícios de namoros e inesquecíveis momentos de enlevo e arrebatamento.

Violeta – Cadela e co-adjuvante do palhaço Chic-Chic, que no Circo Queirolo encantou duas gerações de curitibanos. O número do genial palhaço dependia, em grande medida, desta cadela de pano que Chic-Chic manipulava como um instrumento do seu grande ofício. Fazendo-a pular. Conversar com as mocinhas bonitas da primeira fila, não raro com implicações ambiguamente eróticas. Ou, simplesmente, pontuar a ação daquele que foi o nosso Piolim.

Queirolo – Dinastia de artistas circenses. Uruguaios de origem, os Queirolo marcaram época, em Curitiba, com seu circo, onde brilhou o extraordinário Chic-Chic, o maior palhaço que esta cidade já riu. Irmão de Chic-Chic, o talentoso Chicharrão, que terminou seus dias como mordomo de Bibi Ferreira.
A família deu ainda vários acrobatas, contorcionistas e estrelas de picadeiro.

Passeio – Criado pelo comendador Fontana, no charco do Rio Belém; misto de zoo, horto botânico e oásis de lazeres domingueiros, o Passeio Público vem sendo o sonho da criançada curitibana, há gerações.
Quer pipoca, tem. Quer algodão doce, também. Bexiga. Amendoim. Duvidar, tem até fotógrafo lambe-lambe.
Lá no meio, o Pasquale se desdobra em chopes gelados, feijoadas e barreados aos sábados.

Nireu Teixeira – O último dos boêmios românticos da cidade.
Jornalista e virtuose da caixinha de fósforo e do bom papo, Nireu foi fundador do Bloco Vira-Lata, uma página do carnaval curitibano.

Campo de Santana – Ponto de partida da experiência “rurbana”, em Curitiba.